Presos em operação da Polícia Civil no Tocantins podem estar envolvidos em rede de pedofilia pela internet
⟳ Atualizada em: 20/10/2017 17:53

Até agora três homens foram presos em flagrante no Tocantins acusados de pedofilia, durante a megaoperação Luz na Infância, que está acontecendo simultaneamente em 25 estados.
As prisões aconteceram em Palmas, no distrito de Taquaruçu e na região Sul da Capital e no município de Ponte Alta. Com eles foram apreendidos celulares, notebook, HD, pen drive, dispositivos de armazenamento em geral. Tudo está sendo periciado pela Polícia Civil. O laudo tem o prazo de 30 dias para ficar pronto.

A delegada, Milena Lima, afirmou durante a coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira,20, que esses homens baixavam e compartilhavam vídeos em uma rede conhecida como rede P2P.
“Em um dos materiais foi verificado 85 mil arquivos possivelmente na área de pedofilia. Não são pessoas aleatórias, eram pessoas que sabiam exatamente o que estavam fazendo. Até porque não utilizaram a rede comum para baixar os vídeos, eles utilizam a rede P2P”, afirma a delegada.
Os alvos da operação vinham sendo monitorados e foram identificados de posse de fotos vídeos. No total foram cumpridos 7 mandados no Tocantins. Mais de 60 policiais civis, estão cumprindo os mandados relacionados à prática de pedofilia.

A operação está na fase inicial. A polícia está apurando se os vídeos e imagens contém crianças do Tocantins.
Dos detidos, um foi liberado após pagar fiança de dois salários mínimos. O suspeito foi preso por armazenamento, crime fiançável. As outras duas pessoas, foram encaminhadas para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.
A operação continua no Tocantins, segundo o delegado geral da polícia civil, Claudemir Luiz Ferreira.
“A investigação continua e não descartamos a possibilidade de que essas pessoas fazem parte de uma rede de pedofilia com uma possível ramificação no estado do Tocantins”, afirma o delegado geral, Claudemir Luiz Ferreira.
Operação Luz a Infância
A operação é considerada uma das maiores do mundo no combate à pedofilia e envolve 1,1 mil policiais. O trabalho de investigação durou seis meses, e o número final de presos e mandados cumpridos será divulgado pelo Ministério da Justiça até o fim do dia.
As investigações agora vão apontar se os detidos fazem parte de quadrilhas nacionais e internacionais ou agiam sozinhos. Também não foram divulgadas informações consolidadas sobre o perfil das pessoas que foram presas. Mais de 150 mil arquivos com conteúdo pornográfico de menores de idade foram encontrados pelas investigações.